Longe do público e dos eleitores, os bastidores da sucessão do
Governador Cid Gomes (PROS) andam agitados e com muita movimentação
entre aliados e opositores ao Governo Estadual. Cid não antecipa o
debate sobre a sucessão, nem dá pistas do nome que irá escolher para
concorrer ao Palácio da Abolição.
As articulações apontam que o nome menos provável a receber apoio de
Cid Gomes é o do senador Eunício Oliveira (PMDB). Hoje, três opções
aparecem entre os aliados mais próximos aos irmãos Ferreira Gomes –
Leônidas Cristino, ex-prefeito de Sobral, José Albuquerque, presidente
da Assembléia Legislativa, e Domingos Filho, vice-governador.
Mas não é apenas o conflito entre PMDB e PROS que marca os últimos e
os próximos dias da corrida ao Governo do Estado. A oposição se mexe e,
nos últimos 20 dias, o ex-prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa (PR),
conversou pelo menos duas vezes com o ex-governador e senador Tasso
Jereissati.
Pessoa se reúne, também, com representantes do grupo da ex-prefeita
de Fortaleza, Luizianne Lins, desafeta dos irmãos Cid e Ciro Gomes. As
conversas envolvem, ainda, dirigentes do PMDB e do PSB, que tem a
presidente do Centro Industrial do Ceará (CIC), Nicolle Barbosa, como
pré-candidata a sucessão estadual.
Pouco vazou das conversas entre o ex-prefeito Roberto Pessoa e o
ex-senador Tasso Jereissati. Os dois são adversários de Cid Gomes e
querem montar um palanque de oposição com candidaturas ao Governo do
Estado e ao Senado. Pessoa tem demonstrado interesse em concorrer à
sucessão do governador Cid Gomes, mas quer Jereissati como postulante ao
Senado. O conteúdo dessas conversas entrou no café da manhã de Cid
Gomes com os seus principais aliados.
O conflito do senador Eunício Oliveira com o grupo de Cid Gomes
animou a oposição. Dirigentes do PR, PSB, PMDB e do PT municipal de
Fortaleza, que tem o comando da ex-prefeita Luizianne Lins vêem chances
reais de uma eleição disputada no segundo turno.
Os cálculos são frios, mas despertam entusiasmo: Roberto Pessoa acha
que começa a eleição com 15% dos votos, enquanto Eunício Oliveira
aparece hoje com mais de 40% de intenção de votos. Com a presença de um
candidato apoiado por Cid Gomes, os opositores acham que a eleição será
levada ao segundo.
Antes de embarcar para um período de férias no exterior, o Governador
Cid Gomes expôs a aliados e correligionários que não tenham pressa, nem
tenham preocupação com o movimento da oposição e com a agitação do
senador Eunício Oliveira. Cid transmite aos aliados que, com o volume de
obras e a sua base política e eleitoral, não há como perder a eleição.
Acrescenta, nessas conversas, outro trunfo: a presença da presidente
Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula em seu palanque.
Fonte: Jornal Grande Porto.
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