(Reuters) - Pressionado por preços de alimentos, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou 2013 com alta de 5,91 por cento, dentro da meta oficial mas acima do resultado do ano anterior, frustrando o objetivo final do governo.
Só em dezembro, o IPCA subiu 0,92 %, divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, maior resultado mensal desde abril de 2003 (0,97 por cento). Com isso, 2013 marcou o quarto ano seguido em que a inflação brasileira fica próxima ou acima de 6 %, repetindo a marca de 2010.
Em 2011, a inflação no ano acelerou a 6,50 %, para depois enfraquecer. A meta do governo é de 4,5 por cento, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos. Os resultados ficaram bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters, cuja mediana apontava alta mensal de 0,82 por cento em dezembro e de 5,82 por cento no ano passado.
De acordo com o IBGE, em 2013 o principal impacto veio de Alimentação e Bebidas, com alta acumulada de 8,48 por cento. O resultado do IPCA no ano só não foi pior porque, em janeiro, o governo promoveu forte redução no valor das tarifas de energia elétrica e, em meados do ano, o aumento dos preços do transporte público foi revogado em várias capitais após intensas manifestações populares.
Sem conseguir colocar a inflação na trajetória para a meta, o governo acabou assumindo o discurso de que entregaria o IPCA do ano passado abaixo do visto em 2012.
(Por Rodrigo Viga Gaier e Felipe Pontes; Texto de Camila Moreira; Edição de Patrícia Duarte)
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