sábado, 31 de outubro de 2015

VEREADORES DE CAMPINAS APROVAM "MOÇÃO DE REPÚDIO" A SIMONE DE BEAUVOIR


A Câmara Municipal de Campinas (SP) aprovou, na noite de quarta-feira, uma moção de repúdio dirigida ao Ministério da Educação em protesto contra a inclusão na prova do Enem deste ano de uma questão que reproduz um trecho de um texto da filosofa e escritora francesa Simone de Beauvoir sobre a condição da mulher.
A questão reproduzia texto do livro O Segundo Sexo, de 1949, segundo o qual: “ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam o feminino”.
Para o vereador Campos Filho (DEM), autor da moção, a questão contraria a Constituição Federal e o Plano Nacional de Educação, ao incluir a “ideologia de gênero” na prova do Enem. O parlamentar exige, ainda, do Ministério da Educação, a anulação da questão, por supostamente “afrontar esse conjunto de fundamentos jurídicos e o próprio Estado Democrático de Direito”.
“A iniciativa é demoníaca”, disse o vereador. “Foram buscar informações com uma filosofa lá em mil trocentos e pôco (sic) para impor a nós a discussão de gênero. Como pode alguém ser um homem de manhã e mulher à noite?”, questionou ele. “Dizem que isso acontece porque as pessoas sentem uma pulsão (sic). Mas eu digo. É preciso tomar cuidado com essa pulsão, porque isso pode te levar para cadeia”, disse ele.
“Se Deus quisesse que não tivesse diferença entre homem e mulher, faria Adão com dois órgãos genitais”, concordou o vereador Jaírson Canário (SD). “Eu defendo o princípio que homem é homem; mulher é mulher e filho é filho. E que homem e mulher fazem filho; que também são homem e mulher”, reforçou o vereador Cid Ferreira (PMDB).
“A esquerda raivosa acha que pode falar o que quiser, mas quando a gente fala deles ficam todos delicadinhos. Eu que quero que respeitem a nossa opinião, porque uma coisa é certa: homem é homem e mulher é mulher”, defendeu o vereador Prof. Alberto (PR).

Fonte: Pragmatismo Político 

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