Um caráter desbravador exibido pelo cearense Gideoni Monteiro, tendo vista que a modalidade em pratica é pouco comum entre a população brasileira. O ciclista de pista está próximo de cravar presença nos Jogos Olímpicos do Rio 2016. Referência da modalidade no país, tem em posse a medalha de bronze nos Jogos Pan-americanos de Toronto, realizado em julho.
Nos velódromos suíço – local onde treina – o atleta tenta se manter preparado para as competições restantes até o certame olímpico. Dono da 14ª posição no ranking mundial da categoria omnium (são seis provas em dois dias; categoria considerada de resistência), ainda terá três etapas da Copa do Mundo pela frente: Colômbia (30 de outubro e 1º de novembro), Nova Zelândia (5 e 6 de dezembro) e Hong Kong (16 e 17 de janeiro).
“O Brasil tem muito material humano, só que você precisa ralar muito para conseguir. A Confederação vem fazendo um trabalho legal. Eu tava até comentando com o meu técnico, as Olimpíadas para qualquer atleta é o ápice. A gente vive para atingir metas. A vida de atleta não dura para sempre, então vamos fazer o possível com equilíbrio. Todas as ações que a gente faz é para chegar melhor”, revela o competidor que mora na Europa graças ao Projeto Intercâmbio, com patrocínio da Caixa Econômica Federal, realizado em parceria com a União Ciclística Internacional (UCI).
Na luta
Gideoni, de 26 anos, tem que estar entre os 18 melhores do planeta para pedalar junto da torcida, em uma das modalidades mais procuradas pela torcida. Os ingressos para o Velódromo Olímpico do Rio, com valores entre R$ 160,00 e R$ 540,00, já estão esgotados.
Com os treinamentos intensos, sobra pouco tempo para os momentos de relaxamento. Quando tem folga, é natural que faça uma visita aos familiares. Desde 15 anos, quando foi para o interior de São Paulo, o ciclista está longe de casa.
“Eu sou cearense, nasci Groaíras (cidade com 10 mil habitantes e que fica a 252 km de Fortaleza), fica do lado de Sobral. Ainda tenho parentes por lá. Minha família se mudou para Fortaleza, depois me mudei para Aracaju. Meus pais voltaram para Fortaleza, aí quando eu tenho uma folguinha, venho para cá”, intensifica o ciclista com cerca de 14 anos de experiência.
Os períodos de trabalho específicos de Gideoni também são bem determinados. Ainda é possível observar, no período de treinos no Brasil por exemplo, pedaladas nas rodovias. “Os detalhes fazem muito a diferença. O suporte técnico. A importância do sono. Suprindo todas essas lacunas, vamos estar bem preparados”, revela.
Fonte: Tribuna do Ceará
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