Há bastante tempo, a cebola (Allium cepa, Lineu) já é conhecida na medicina popular por suas propriedades terapêuticas. Entretanto, essas propriedades só passaram a ser reconhecidas após a identificação dos compostos bioativos presentes, como a quercetina e as antocianinas.
A atividade terapêutica da cebola é bastante extensiva podendo combater patologias, atuando como anti-neoplásico e antimicrobiano. Também apresenta efeitos cardioprotetores, analgésicos, anti-inflamatórios, anti-oxidantes e imunológicos.
Dentre os principais princípios ativos desta hortaliça encontram-se: sulfóxido alquila de cisteína, compostos sulfurados como ajoeno, aliína e alicina, saponinas e flavonoides, que possuem, ainda, dois subgrupos: antocianinas e flavonóis, como a quercetina.
O aspecto do efeito antioxidante pode ser explicado pela doação de um átomo de hidrogênio para os radicais livres, formando novos tipos de radicais livres que não são tão reativos quanto a espécie inicial.
Os efeitos preventivos de câncer dos flavonóides têm sido atribuídos a uma variedade de mecanismos, incluindo a atividade de modulação enzimática que resulta na diminuição de carcinogênese por xenobióticos.
"Entre quem come o equivalente a uma cebola durante a semana, a probabilidade de desenvolver um câncer qualquer chega a ser 14% menor", comenta a pesquisadora Carlotta Galeone, do Instituto de Pesquisa Farmacológica Mario Negri, na Itália.
A proteção antitumoral parece ser proporcional às porções ingeridas.
Deste modo, duas cebolas semanais seriam suficientes para reduzir em 56% o risco do câncer de laringe, em 43% o de ovários e em 25% o de rins.
A ação cardioprotetora parece, em especial, devido à ação da quercetina de melhorar a função contrátil do ventrículo esquerdo e diminuir a incidência de transtornos da condução cardíaca. Tem demonstrado ainda efeitos antitrombóticos por uma ligação seletiva na parede plaquetária.
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